terça-feira, 24 de setembro de 2013

Show Isabela Morais e Trio Ogã

Comemore os 100 anos de Vinícius de Moraes com samba-jazz no MIS

Redação em
O centenário do eterno “poetinha” Vinícius de Moraes é comemorado pelo MIS com o show “A benção de Moraes”, com apresentação do Trio Ogã e a cantora Isabela Morais. O espetáculo acontece no domingo, 29 de setembro, às 16h, na área externa do Museu. A entrada é Catraca Livre.
Formado por Felipe Siles de Castro (piano), Giancarlo Barletta (contrabaixo e arranjos) e Paulo Oliveira (bateria e percussão), o Trio Ogã propõe uma releitura da obra de Vinícius de Moraes, dando novos trejeitos às músicas, com arranjos na linha do samba-jazz, enquanto que Isabela encara a difícil tarefa de interpretar vocalmente as canções.

+música



A proposta é apresentar um show que perpassa as parcerias do poeta e compositor, ao longo de sua vida, desde as mais conhecidas como Baden Powell, Carlos Lyra, Tom Jobim, Edu Lobo e Toquinho, das menos conhecidas e menos recorrentes como Adoniran Barbosa, Moacir Santos, Pixinguinha.
Estão no repertório músicas como “Chega de saudade”, “Já era tempo”, “Apelo” e “O morro não tem vez”, entre outras.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

SEMANA DA MOBILIDADE

Jardim Helena, na zona leste, é o bairro com mais mortes de ciclistas em SP


Ricardo Ampudia
Do UOL, em São Paulo
                               
 
   
 
Segundo dados obtidos pelo UOL sobre a localização dos acidentes fatais com ciclistas entre 2010 e 2012, o Jardim Helena, no extremo da zona leste de São Paulo, é o bairro com maior incidência de mortes no período. Localizado entre a rodovia Ayrton Senna e a linha 12 Safira da CPTM, com 9,2 km², o bairro somou um acidente fatal em 2010, oito em 2011 e um em 2012.
 

Jardim Helena, na zona leste, lidera mortes de ciclistas em São Paulo                   

Bicicletário da Estação Jardim Helena-Vila Mara da CPTM. Usuários reclamam de superlotação e insegurança Leandro_Moraes/UOL
 
Com uma topografia plana, o vaivém de bicicletas pelas ruas do bairro é constante e chega a ser o principal meio de transporte de alguns moradores. "É um lugar muito atípico, parece fora de São Paulo. É o único lugar onde vi fila dupla de bicicletas estacionadas", conta Ronaldo Tonobohn, superintendente de Planejamento e Segurança no Trânsito da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Usuário assíduo da bicicleta no bairro, o aposentado José Raimundo do Nascimento, 68, já foi vítima de dois acidentes em menos de três meses.  No primeiro deles, foi atingido por um carro no cruzamento de uma movimentada avenida do bairro; no segundo, caiu em um buraco quando passava pela canaleta reservada aos pedestres no viaduto da China e foi arremessado no meio da pista.
"Mal havia sarado do primeiro, já veio o outro. Por sorte, o farol estava fechado e não tinha trânsito na hora", conta. Ele conta que é comum ouvir falar sobre acidentes com ciclistas na região. Para Nascimento, é preciso mais ciclovias e punição exemplar para motoristas que dirigem com risco ao ciclista. "Tinha de ter uma condenação para quem faz isso, já vi gente acertar ciclista e nem parar para socorrer. Os ônibus, então, nunca respeitam, andam muito rápidos e 'tiram fina' da gente", diz ele, que prefere usar a bicicleta ao ônibus para fazer distâncias curtas como ir a São Miguel Paulista ou Itaim Paulista.
  • UOL Relembre casos de acidentes com ciclistas ocorridos em São Paulo nos últimos anos
  • Divulgação/Copenhagenize Design Co. Conheça as 20 cidades mais "amigas" dos ciclistas, segundo ranking de ONG
  • Divulgação/Diego Cagnato Veja belas imagens da cultura da bicicleta

Estrutura

A única ciclovia no Jardim Helena é a do Parque Tietê, que tem uma das extremidades a oeste do bairro. Segundo a CET, o bairro foi foco de um estudo e é prioridade para implantação de um projeto de estrutura cicloviária.
O projeto pretende construir uma rede mista de 20 km, com ciclovias separadas, ciclofaixas e ciclorrotas, que também devem se integrar com a rede de ciclovias de Guarulhos e priorizar o acesso às estações da CPTM, além da construção de paraciclos e bicicletários.
Segundo nota da CET, o projeto executivo já está pronto, mas a obra é de responsabilidade da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras e, no momento, "não estão sendo estruturados os projetos da região de São Miguel".

Lotação nos bicicletários

O ajudante geral Adílson dos Santos usa a bicicleta todos os dias no caminho de casa até a estação Jardim Helena/Vila Mara da CPTM. Ele conta que, além dos ônibus em alta velocidade nas ruas do bairro, outro problema é recorrente: a lotação dos bicicletários da CPTM.
Com vaga para 256 bicicletas, o espaço tem, segundo a companhia, em média, 279 usuários por dia e teve, em maio, 6.944 acessos. As vagas são rotativas. Segundo Santos, em alguns dias da semana, há fila de espera por uma vaga. "Já fiquei 45 minutos esperando por uma vaga e acabei desistindo, liguei para minha mãe vir buscar a bicicleta ou chegaria atrasado ao trabalho", conta ele, que usa a linha 12 todos os dias.

Navegue por infográfico sobre mortes de ciclistas em SP

  • Arte UOL


Prender a bicicleta na praça em frente ao bicicletário não é uma opção. "Aqui, deixou, roubou, não tem como", diz. A estação fica próxima a um local de consumo de crack na região e os roubos são frequentes. Segundo o UOL apurou, os roubos de bicicleta, mesmo dentro do bicicletário, não são raros. Em março, ladrões armados renderam o único funcionário que cuida do bicicletário, estouraram os cadeados e levaram uma bicicleta de alto valor comercial.
Em nota, a CPTM informou que foi registrado boletim de ocorrência sobre o incidente e que conta com segurança que realiza rondas preventivas em toda a área patrimonial, além de manter equipes preparadas para agir, caso necessário.
 
  • Geraldo Vaz da Silva Neto/Você Manda/UOL Tem registros com a sua bicicleta? Envie a sua foto para o UOL
Ainda segundo a empresa, o sistema de entrada e saída de bicicletas no espaço é controlado por um sistema online que cadastra foto e dados do usuário e da bicicleta e gera um código de barras com lacre que é afixado na bicicleta.
Quando a reportagem do UOL esteve no local, os funcionários informaram que os computadores rodam uma versão muito antiga de sistema operacional e trava constantemente, prejudicando o cadastro e conferência de qual bicicleta entrou ou saiu, em especial nos horários de maior movimentação.
O vigia terceirizado que faz a ronda na estação Jardim Helena, passava pelo bicicletário de uma em uma hora, onde assinava uma lista-ponto e permanecia por apenas dez minutos. Após os incidentes de roubo, câmeras e grades foram instaladas no local. Uma base da Polícia Militar que funcionava na praça, em frente à estação, está desativada há anos, segundo moradores.
A nota da CPTM ainda aconselha os usuários a utilizar os bicicletários das estações mais próximas quando houver lotação nos horários de pico e a sempre usar cadeados.

FONTE: www.uol.com.br

terça-feira, 10 de setembro de 2013

OSESP faz ensaio aberto a R$ 10

Seu bolso em harmonia com o erudito: Osesp faz ensaio aberto a R$ 10

Maurício Costa em
 Apresentação na Sala São Paulo aproxima a orquestra ao público; economia pode chegar a R$ 150
“Música erudita não é para todos”. Para provar que a máxima está completamente errada, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) realiza ensaio aberto na Sala São Paulo, na quinta, 12 de setembro, às 10h. Com ingressos bastante acessíveis, a R$ 10, o público tem a chance de ter um contato maior com a orquestra e a música clássica.
A oportunidade não pode ser desperdiçada por aqueles que gostam do gênero, mas nunca puderam assistir a um concerto. Afinal, o ensaio aberto precede uma série de três apresentações formais da Osesp, o que significa que o grupo já está bem afiado.
Com regência de Yan Pascal Tortelier, a Osesp apresenta obras de Stravinsky e Rossini. Ao contrário do que é visto num concerto, os integrantes da orquestra, bem como o maestro, não ficam trajados formalmente no ensaio. O clima se torna mais descontraído e gera intimidade dos músicos com a plateia.

+música



Outra razão para não perder o espetáculo experimental é a financeira. Para se ter ideia, nos dias das apresentações regulares na Sala São Paulo os valores dos ingressos variam de R$ 28 a R$ 160.
Com o dinheiro economizado, o público que passar pela Sala São Paulo ainda pode aproveitar o centro para almoçar em algum lugar mais em conta. A SP Honesta pode te ajudar a encontrar o restaurante ideal, confira.

3º Encontro de Contadores de Histórias do Revelando São Paulo

roda-hsitoria

Durante todo o Festival, os visitantes de todas as idades poderão acompanhar diversos contos de encantamento e do imaginário popular, no espaço destinado aos Contadores de Histórias, trazendo causos do universo caipira, caiçara e tropeiro.
Além de proporcionar ao público o encantamento das narrativas tradicionais, o encontro reúne os contadores de histórias em um rico compartilhamento de experiências através das rodas de conversas que serão realizadas.
As  histórias serão contadas no Auditório 1 e, em alguns dias, sob as árvores do Parque. Clique aqui para ver o mapa com os locais.
Para quem quiser acompanhar as emocionantes histórias de diversas regiões do interior paulista  é só conferir a programação abaixo.


Sábado, 14 de setembro

09h30  Débora Kikuti
10h       Janaína Reis
10h30  Coronel Kalon Gypsie Kambulin
Roda de Histórias com Contadores Tradicionais
11h – 12h           Argenor, Mané Cigano, Maria Sardinha e contadores tradicionais
14h       Palomaris Mathias
14h30  Pajé Laguna
15h       Viviane Marques e Geraldo Orlando
15h30  Benê de S.José Campos
Roda de Histórias com Contadores Tradicionais
16h – 17h       Mané Cigano, Maria Sardinha e contadores tradicionais


Domingo, 15 de setembro

9h30    Débora Kikuti
10h       Cia. Do Verbo
10h30  Coronel Kalon Gypsie Kambulin
Roda de Histórias com Contadores Tradicionais
11h – 12h           Argenor, Mané Cigano, Maria Sardinha e contadores tradicionais
14h       Nani Braun
14h30  Coronel Kalon Gypsie Kambulin
15h       Bosco Maciel
15h30  Meninos perdidos e suas histórias
Roda de Histórias com Contadores Tradicionais
16h – 17h           Argenor, Mané Cigano, Maria Sardinha e contadores tradicionais


Segunda-feira, 16 de setembro

9h30    Gisélia Lima
10h       Maria Sardinha
10h30  Fabiana Prando
11h       Mané Cigano
11h30  Débora Kikuti
12h       aguardando confirmação
12h30  aguardando confirmação
14h30  Rogério Amorim
15h       Elaine Dauzcuk
15h30  Semeadores de Histórias
16h       Benê de S.José Campos
16h30  Gisélia Lima
17h       aguardando confirmação

Terça-feira, 17 de setembro

9h30    Débora Kikuti
10h       Maria Sardinha
10h30  Débora Kikuti
11h       Nhá Rita e Leco Borba
11h30  Mané Cigano
12h       aguardando confirmação
12h30  aguardando confirmação
14h30  Nhá Rita e Leco Borba
15h       Vanessa Meriqui
15h30  Janaína Reis
16h       Débora Kikuti
16h30  Camila Genaro
17h       aguardando confirmação

Quarta-feira, 18 de setembro

09h30  Prosa Fogão e Viola
10h       Wânia Karolis
10h30  Andrea Amaral
11h       Nhá Rita e Leco Borba
11h30  Mané Cigano
12h       aguardando confirmação
12h30  aguardando confirmação
14h30  Nhá Rita e Leco Borba
15h       Andrea Souza
15h30  Bosco Maciel
16h       Benê de S.José Campos
16h30  aguardando confirmação
17h       aguardando confirmação

Quinta-feira, 19 de setembro

9h    We’e'ena Miguel
9h30    Edmilson Ávila
10h       Maria Sardinha
10h30  Rita Nasser
11h       Dora Estevez
11h30  Mané Cigano
12h       aguardando confirmação
12h30  aguardando confirmação
14h30  Elaine Dauzcuk e Elias Khadira
15h       Rosita Flores
15h30  Bosco Maciel
16h       Eufra Modesto
16h30  aguardando confirmação
17h       aguardando confirmação

Sexta-feira, 20 de setembro

9h30    Joyce Néia
10h       Maria Sardinha
10h30  Débora Kikuti
11h       Mané Cigano
11h30  Barão de Pirapora
12h       Débora Kikuti
12h30  aguardando confirmação
14h30  Ingrid Silverol
15h       Vanessa Meriqui
15h30  Bosco Maciel
16h       Barão de Pirapora
16h30  Débora Kikuti
17h       aguardando confirmação

Sábado, 21 de setembro

09h30  Edmilson Ávila
10h       Rogério Amorim
10h30  Marina Costa
Roda de Histórias com Contadores Tradicionai
 
11h – 12h  Mané Cigano, Maria Sardinha, Geraldo Tartaruga e Ditão Virgílio
14h30  Carlos Godoy
15h       Rosita Flores
15h30  Clara Haddad
Roda de Histórias com Contadores Tradicionais
16h-17h  We’e'ena Miguel, Mané Cigano, Maria Sardinha, Pajé Laguna , Geraldo Tartaruga e Ditão Virgílio
Programação sujeita à alteração
 
Fonte:
http://revelandosaopaulo.org.br/rv/3o-encontro-de-contadores-de-historias-do-revelando-sao-Paulo/

Feira Nacional do Cordel

Feira traz a São Paulo o universo do Cordel

set 03, 2013
 
A Fundação Memorial da América Latina recebe a Feira Nacional do Cordel (Fenacordel) nos dias 13 e 14 de setembro. O encontro é aberto ao público em geral e interessados no universo da literatura de cordel e da cultura popular. A programação conta com três dias de palestras, debates, saraus, declamações, cantorias e sessões narrativas de histórias autorais e populares, apresentações de teatro, exposição de cordel, contação de histórias da oralidade e shows. A entrada é gratuita.
 
 
 
 
A Fenacordel enfoca todas as faces da poesia popular e ressalta a relevância do cordel para a cultura brasileira. São exposições de livros, embates de repentistas e espetáculos especiais, como a homenagem a João do Vale por Sapiranga e convidados, às 16h30 do sábado. Em associação com o Cineclube Latino-Americano, será exibido o Ciclo Cangaço, com os filmes “Lampião, Rei do Cangaço”, “A Morte Comanda o Cangaço”, “Corisco, o Diabo Loiro, todos do diretor símbolo do gênero, Carlos Coimbra.
 
 
Feira Nacional do Cordel e da Cultura Popular


Dia 13 de Setembro, sexta – 19h
Biblioteca Latino-Americana
  • Abertura oficial da FENACORDEL
  • Palestra “O Cordel no fogo cruzado da cultura”
Profª Vilma Mota Quintela (Faculdade São Luiz de França -FSLF)
Marco Haurélio (Poeta, ensaísta e pesquisador da literatura de cordel e folclore brasileiro)
  • Abertura da Exposição “Imagem e Tradição”
  • Show com Aldy Carvalho

Dia 14 de Setembro, sábado – 10h
Praça Cívica
Abertura da FENACORDEL
11h00 – Palhaço Gelatina
11h30 – Cordelista
12h00 – Exibição do Filme “Lampião, Rei do Cangaço”, Tenda do Circo Capadócia
12h00 – Palhaço Gelatina
12h30 – Cordelista
13h00 – Passagem de som
13h30 – Apresentação teatral “A saga de Berenice com seu boizinho encantado” (João Gomes de Sá), com Grupo Máscaras de Guaranésia
14h30 – Cordelista
15h00 – Exibição do Filme “A morte comanda o cangaço”, Tenda do Circo Capadócia
15h30 – Palhaço Gelatina
16h00 – Cordelista
16h30 – Show de Sapiranga e Convidados
Homenagem a João do Vale”


Dia 15 de setembro, domingo – 10h
Praça Cívica
Abertura da FENACORDEL
11h00 – Show Canto & Corda
12h00 – Cordelista
12h30 – Show Ibys Maceioh
13h30 – Show Rabo de Saia
14h30 – Cordelista
15h00 – Exibição do Filme “Corisco, o diabo loiro”, Tenda do Circo Capadócia

Pessoas com Síndrome de Down no Mundo da Beleza

10/09/2013 - 03h30

Projeto ensina pessoas com síndrome de Down a atuar no mundo da beleza


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ROBERTO DE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

Cabelo tipo Chanel, óculos moderninhos, Bárbara Sagula espia, por cima da armação, dedos deslizarem sobre cabelos longos, o secador revirar mechas, pentes e escovas remodelarem penteados. Presta atenção às clientes.
São quase 18h e o salão Blend, no Itaim Bibi (na zona oeste de São Paulo), está agitado. Bárbara também.
"A pior experiência do curso que estou fazendo foi ter que lavar os cabelos de uma boneca", diz, séria, para emendar com um sorriso: "Prefiro a cabeça do Rodrigo", conta, referindo-se a um dos instrutores, Rodrigo Nóbrega.
Bárbara, 30, e outros 11 estudantes de 17 a 47 anos fazem parte do "Beleza em Todas as Suas Formas", que capacita pessoas com síndrome de Down para atuar como auxiliares em salão de beleza.
O projeto começou no início deste ano com uma equipe multidisciplinar que se debruçou sobre o seguinte tema: o que é belo?

Pessoas com síndrome de Down no mundo da beleza

 
Fabio Braga/Folhapress
Grupo de pessoas com Síndrome de Down participam de treinamento em salão de cabeleireiro para atuar como ajudantes e atendentes
"O primeiro passo foi desconstruir os conceitos preestabelecidos pelo mercado da moda", explica Kátia Coutinho, diretora da Alfaparf Group, empresa de cosméticos italiana que, ao lado do Instituto Meta Social, desenvolve o trabalho.
Um dia na semana, eles passam por aulas práticas e teóricas por quatro horas e meia. Cartoons ajudam a construir diferentes situações vivida num salão de beleza.
Por meio deles, os estudantes aprendem tarefas como sentar direito, locomover-se, atender um cliente, lavar a cabeça de uma madame, deixar a mesa do cabeleireiro arrumada e limpa etc.
A primeira turma se forma em dezembro. Hoje, seis estudantes paulistanos terminam mais uma maratona: ajudar cabeleireiros a fazer a cabeça de modelos na Beauty Fair, em São Paulo.
Para o ano que vem, a meta é capacitar 156 alunos com deficiência intelectual em cinco capitais (mais informações em belezaprojeto.org).
"A gente sabe que pode haver rejeição. O curso inclui vivência no salão, onde simulamos uma série de situações nas quais a cliente não quer ser atendida", explica o cabeleireiro Roberto Martins, 50.
Mãe de uma menina com síndrome de Down e integrante do projeto, a psicóloga Andréa Barbi, 43, explica que os alunos enfrentam situações reais de rejeição e preconceito. "Confie em suas potencialidades", ensina.
Mônica Helena Babbi, 44, uma das alunas, trabalhou dois anos num salão no Morumbi. Diz não se importar em lavar cabelo, do tipo que for. "Só fico muito triste em ainda ter que lidar com o preconceito."
 
Fonte:
 
Site do Projeto
 
 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Campanha de Arrecadação de Livros Literários


2º Seminário de Educação para o Desenvolvimento Local - EACH USP

Em São Paulo, seminário propõe soluções para a zona leste

                                                                                                             


O censo demográfico de 2010 revelou que a zona leste de São Paulo tem aproximadamente quatro milhões de habitantes, número suficiente para superar a população total de um país como o Uruguai (3,4 milhões de habitantes). Mas enquanto o país vizinho vive um momento de intenso debate democrático – legalizando a comercialização estatal da maconha e o casamento gay –, a zona leste segue com inúmeros problemas sociais a serem resolvidos.
 
Leia mais
Mobilização da zona leste de São Paulo aposta na educação para resolver problemas locais
De acordo com censo realizado pela Prefeitura de São Paulo em 2008, a densidade demográfica da região leste atinge 18.222 habitantes por quilômetro quadrado em bairros como o Itaim Paulista (no Uruguai esse índice beira 20 hab/km²). No tocante ao rendimento, mais de 20% da população de bairros como Guaianazes e Cidade Tiradentes possui renda familiar per capita inferior a meio salário mínimo.
É nesse contexto que o seminário “Educação como Desenvolvimento Local”, realizado na última sexta-feira (30/8) no campus leste da Universidade de São Paulo (USP Leste), reuniu cerca de 200 participantes – entre professores, alunos e diretores das escolas da região, pesquisadores e membros de organizações da sociedade civil – para discutir o papel da educação no desenvolvimento e na implementação de melhorias nos equipamentos públicos locais.
 
 
 


Participantes se dividiram em 12 grupos de trabalho.
 
Ações prioritárias
 
Desde o início, os organizadores afirmaram que o seminário não pretendia diagnosticar problemas, mas sim discutir ações pertinentes às suas soluções. Divididos em 12 grupos de trabalho, os participantes deveriam formular propostas para temas como transporte, comunicação, economia local, saúde e gestão escolar.
Segundo o professor da Faculdade de Educação da USP e um dos organizadores do seminário, Elie Ghanem, o resultado será apresentado ao poder público, “como um sinal de que aqui foram debatidas e produzidas ideias e proposições para o desenvolvimento da zona leste. É uma perspectiva que me parece adequada a uma ideia de democracia”, declarou.
 
Falta de investimentos
 
Dos 96 distritos existentes em São Paulo, 32 (ou um terço do total) se encontram na zona leste. Entretanto, quando o assunto é investimento, a região não é prioridade da prefeitura. Com mais de 35% dos habitantes da cidade, a zona leste oferece 575 mil postos de trabalho (ou 14,5% do total de São Paulo) e, ao contrário do que pretende o poder público, poucas empresas conseguem incentivos fiscais para se instalar na região. Enquanto o Itaquerão, novo estádio do Corinthians, obteve isenção fiscal de R$420 milhões, em oito anos apenas cinco empresas obtiveram pouco mais de R$ 1 milhão em incentivos.
Marina Dugueira, educadora social presente no evento, afirmou que numa realidade como aquela, os conceitos de economia solidária devem ser ensinados desde cedo nas escolas. “Precisamos criar um modelo que desenvolva a economia de forma satisfatória para que todos tenham uma vida digna e possam expressar o próprio potencial.”
As dificuldades econômicas impactam diretamente a educação. Distritos como Iguatemi e Lajeado, situados na zona leste, têm um dos menores índices de escolaridade da população (5,8 e 5,9 anos, respectivamente). As taxas de alfabetização também são as menores da cidade, atingindo 92% nesses bairros. Para tentar resolver a deficiência, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou que sete dos dez novos CEUs (Centro Educacional Unificado) serão construídos na zona leste.
“A zona leste tem um histórico muito grande de mobilização popular. O seminário serve como contraponto ao governo”, avalia Thais Bernardes, da Ação Educativa. Para ela, a realização do evento no campus leste da USP também serve para aproximar a universidade das comunidades. “A USP Leste tem pouquíssima integração com a região. Os professores e estudantes da zona leste não conhecem a universidade.”
 
Mobilização
Entre as ações prioritárias escolhidas pelos participantes está a criação de uma agência de comunicação da zona leste; a necessidade de dar mais autonomia e maior orçamento às subprefeituras; a criação de um comitê de sustentabilidade; a articulação das universidades com escolas públicas de educação básica para produção de conhecimento; e o fortalecimento da relação entre escola e família.
“Ter ações mais concretas facilita a continuidade de mobilização das pessoas ligadas à educação. Se não houver pessoas que façam isso, alguém vai fazer por nós, e muitas vezes isso vem de cima para baixo”, reflete Bernardes.

Cada grupo escolheu três propostas de ação prioritárias.
 
 
 
 
Fonte: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2013/09/03/em-sao-paulo-seminario-propoe-solucoes-para-a-zona-leste/