Diretor-Curador do Museu Afro Brasil, é também escultor, gravurista e pintor. Nasceu em uma tradicional família de ourives de Santo Amaro da Purificação (Bahia) e formou-se em marcenaria, linotipia e composição gráfica na Imprensa Oficial de Santo Amaro da Purificação. Graduou-se em Belas Artes na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia em 1964.
Como artista plástico, realizou sua primeira exposição individual em Santo Amaro da Purificação em 1959. Desde então, participou de cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 exposições coletivas no Brasil e no exterior. Inicialmente, concentrou-se na produção de xilogravuras. Posteriormente, passou a produzir painéis tridimensionais e, por fim, esculturas, embora nunca tenha abandonado as gravuras. Algumas de suas obras, de dimensões monumentais, encontram-se expostas em diversos edifícios públicos em Salvador. Entre inúmeros outros prêmios, foi agraciado com a medalha de ouro da 3ª Bienal Gráfica de Firenze (Itália) em 1972. No ano seguinte, recebeu o prêmio de melhor gravador da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e, em 1983, recebeu da mesma associação o prêmio de melhor escultor. Em 2007, recebeu da Associação Brasileira de Críticos de Arte o prêmio de Contribuição à Arte e à Cultura Brasileira. Em 2010, foi homenageado com a exposição retrospectiva Emanoel Araujo: Autobiografia do gesto, cosmogonia dos símbolos (Museu Histórico Nacional/RJ).
Sua trajetória em instituições museológicas iniciou-se em 1981, quando foi convidado para dirigir o Museu de Arte da Bahia, inaugurando um novo prédio e reinstalando o acervo. Entre 1992 e 2002, atuou como diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, tendo estado à frente da reforma do prédio e da revalorização da instituição no circuito artístico. Tornou-se membro da Comissão dos Museus instituída pelo Governo Federal em 1995, e membro do Conselho Federal da Política Cultural em 1996. Em 2002, tornou-se membro honorário do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM). Em 1998, como curador, recebeu o prêmio de Melhor Exposição do Ano da Associação Paulista de Críticos de Arte, pela exposição Universo Mágico do Barroco (FIESP - São Paulo). Paralelamente, dedicou-se a reunir uma coleção de obras de arte afro-brasileira, a qual expôs em diversas exposições temporárias, entre as quais destacam-se Os Herdeiros da Noite: Fragmentos do Imaginário Negro (Brasília/Belo Horizonte, 1995), o módulo Negro de corpo e alma, no interior da exposição comemorativa Mostra do redescobrimento Brasil +500 (Parque do Ibirapuera, São Paulo, 2000), e Negras memórias, memórias de negros (São Paulo/Belo Horizonte, 2003). Em 2004, fundou o Museu Afro Brasil (São Paulo), do qual é Diretor-Curador. Também já atuou como curador convidado em cerca de outras 15 instituições museológicas brasileiras e estrangeiras.
Foi professor convidado de Arte da City University of New York entre 1988 e 1989. Publicou e organizou diversos livros e catálogos, entre os quais alguns estudos a respeito de arte afro-brasileira. Dentre eles, destacam-se A mão afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica (1988, com nova edição revista e ampliada em 2010) e os catálogos das exposições Negro de corpo e alma (2000), Negras memórias, memórias de negros (2003) e De Valentim a Valentim: A escultura brasileira – Século XVIII ao XX (2010).
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