Através de orientações oferecidas pela UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), a EMEF José Honório Rodrigues irá desenvolver esse ano uma série de atividades pedagógicas e encontros com alunos, professores e demais segmentos, para desenvolvermos o Projeto Escola Descolada, com o intuito de melhorarmos a qualidade do ensino que oferecemos, assim como a interação e o relacionamento entre todos os membros da nossa Comunidade Educativa. Na última semana, iniciamos o projeto apresentando uma Exposição de Arte desenvolvida pela professora Fernanda Ilário, que trabalhou uma sequência didática para que os alunos do Ciclo de Alfabetização pudessem aprender e conhecer a história da Semana de Arte Moderna - 1922.
A Semana
de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11
a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar, transformar o
contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes
plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística,
criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas
tendências européias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.
Durante
uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de
novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem
igual, com o conseqüente rompimento com o passado. Novos conceitos foram
difundidos e despontaram talentos como os de Mário e Oswald
de Andrade na literatura, Víctor Brecheret na escultura e Anita
Malfatti na pintura.
A
nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de transformar os
antigos conceitos do século XIX. Embora o principal centro de insatisfação
estética seja, nesta época, a literatura, particularmente a poesia, movimentos
como o Futurismo, o Cubismo e o Expressionismo começavam a influenciar os artistas
brasileiros. Anita Malfatti trazia da Europa, em sua bagagem, experiências
vanguardistas que marcaram intensamente o trabalho desta jovem, que em 1917
realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do Modernismo
brasileiro. Este evento foi alvo de escândalo e de críticas ferozes de Monteiro
Lobato, provocando assim o nascimento da Semana de Arte Moderna.
A
Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a
presenteou com um valor histórico e cultural talvez inimaginável naquela época.
Não havia entre seus participantes uma coletânea de ideias comum a todos, por
isso ela se dividiu em diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma
herança, entre elas o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e Grupo
da Anta, e o Movimento
Antropofágico.
Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a
Revista de Antropofagia.
O
principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da
reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma
cultura essencialmente nacional.
http://www.pitoresco.com/art_data/semana/index.htm
Sequência Didática
desenvolvida pela professora Fernanda Ilário com as turmas do Ciclo de
alfabetização (1º, 2º e 3º anos) que culminou
Assunto: Semana de
Arte Moderna de 1922
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Iniciamos
a Sequência Didática falando sobre Tarsila do Amaral, artista que teve profunda
influência no movimento modernista, apesar de não ter participado ativamente da
Semana de Arte Moderna de 1922.
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Realizamos
a leitura do livro: Tarsila e o Papagaio Juvenal que explica de forma lúdica
como foi criada a obra: “O vendedor de frutas” de 1925.
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Foram
oferecidas algumas explicações aos alunos, que posteriormente fizeram a
releitura da obra: ”A cuca” de 1924, eles desenharam no caderno após ouvirem a
história da inspiração do quadro. Tarsila ouvia historinhas de sua babá sobre a
Cuca, que é um personagem típico do folclore paulista, Tarsila nascida em uma
fazenda em Capivari, temia fazer travessuras por medo da Cuca.
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Em
outro momento foi lido para os alunos o livro: “Tarsila, a menina pintora” e solicitado
aos mesmos que desenhassem o rosto dela na lousa.
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Conversamos
sobre a Semana de Arte Moderna que aconteceu em fevereiro de 1922, mostrei duas
obras de pintores que foram apresentadas no Teatro Municipal na semana de 22:
Fernanda de Castro de Anita Malfatti e Mulher Sentada de Di Cavalcanti.
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Os
alunos fizeram releituras da obra: “O pescador” de 1925, chamei atenção para o
uso das formas geométricas usadas pela artista Tarsila do Amaral, os alunos
fizeram também as releituras das obras: Palmeiras, 1925.
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Montamos
uma pequena exposição com os trabalhos dos alunos que ficarão expostos para
visitação no pátio da escola.